Meus Sons

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"Vamos falar de solidão, na sua casa eu nunca mais entrei."
Não quero que se sinta mal por mim, não quero que pense que a culpa é sua pela minha exaustão mental. Você sempre foi a cura, por isso eu fui tantas vezes na porta da sua casa pedir mais um abraço, eu ia até lá todas as vezes em que eu perdia o controle. Só que eu percebi que comecei a frequentar a sua casa muito mais do que devia. Eu comecei a perder o controle quase toda noite. Eu deixei as coisas chegarem a um ponto que elas nunca poderiam ter chegado.
A sede que eu sentia do teu ar quase me matou, a saudade que eu sentia do teu cheiro não me deixava mais dormir. Eu te procurava em todo canto, ouvia tua voz em qualquer esquina, eu passei a ler todas as noites a carta que você escreveu, eu conseguia sentir na minha roupa o cheiro que há na tua cama. Eu rezava toda noite pra ser pra ti o que você era pra mim, mas nunca funcionou.
Há uns dias atrás um amigo me lembrou a maldita frase: “A melhor maneira de esquecer uma mulher é transformá-la em literatura.” E ESSA É A MAIOR MENTIRA DO MUNDO. Foi por causa dessa frase que eu comecei a escrever sobre você, escrevi por meses e só piorou. Eu escrevia pra esquecer, mas não percebia que assim lembrava cada vez mais.
Eu só queria que você soubesse que faz dias que eu venho tentando me encontrar e te esquecer. Queria que tu entendesse que vai ser preciso eu me afastar e evitar olhar nos teus olhos por um tempo. Queria que tu entendesse que você foi a doença, mas foi a cura. Queria, mais do que tudo, que você entendesse que o meu amor por ti quase me matou, mas também fez com que eu me sentisse mais viva do que nunca. Quero agradecer por tudo que me trouxe, mas também quero que me desculpe, pois na sua casa eu não vou conseguir mais entrar.

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